No passado dia 2 de maio, o TRAINER, deslocou-se à Escola Básica e Secundária Dr. Manuel Ribeiro Ferreira para a realização de uma ação de sensibilização sobre Economia Circular.

É fundamental que os princípios da Economia Circular sejam compreendidos desde cedo, pois é essencial que se promova a redução do desperdício e o uso eficiente dos recursos, tendo em conta a sustentabilidade ambiental. Ao ter-se conhecimento deste princípios e conceitos, podemos desenvolver uma maior consciência sobre a importância de conservar os recursos naturais, reutilizar os materiais e adotar práticas que minimizem o impacto ambiental.

                     

Esta consciencialização precoce não beneficia apenas o ambiente, mas também influencia os comportamentos e escolhas ao longo da vida, ajudando a moldar uma sociedade mais responsável e comprometida com um futuro sustentável!
  • os alunos de 10º e 11º anos trabalharam o design de produto, a partir do conceito de Economia Circular, aplicado a “lixo” que é recorrentemente desperdiçado;

                         

  • os alunos de 12º ano aprenderam a produzir de sabão a partir de óleo alimentar usado, e com isto recuperar um recurso, que é um desperdício muito poluente, quando incorretamente descartado.

               

As diferentes atividades decorreram com imenso sucesso e empenho por parte de todos os envolvidos alunos e docentes!

Obrigada ao Agrupamento de Escolas de Alvaiázere pelo excelente acolhimento!

 

As alterações climáticas representam atualmente uma das maiores ameaças à saúde do planeta e à sobrevivência das espécies.
Quais as causas, consequências e possíveis soluções para as alterações climáticas?

As alterações climáticas, causadas principalmente pela atividade humana, têm sido objeto de intensa pesquisa científica e preocupação global nas últimas décadas. A queima de combustíveis fósseis, a desflorestação, a agricultura intensiva e outras atividades antropogénicas têm libertado quantidades significativas de gases que contribuem para o aumento do efeito estufa, que têm como consequência o aumento da temperatura média do planeta, a mudança nos padrões de precipitação e dos eventos climáticos que se tornaram mais extremos, frequentes e intensos.

Efeito de estufa terreste.

Uma das principais causas para as alterações climáticas é a emissão de gases que contribuem para o aumento do efeito de estufa, como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O), resultantes da queima de combustíveis fósseis, atividades agrícolas, desflorestação e de outras atividades humanas. Estes gases têm uma maior capacidade de retenção de calor, contribuindo para o aquecimento global e, assim, perturbarem os sistemas climatéricos.

Consulte AQUI 4 gráficos para compreender melhor as emissões de gases contribuidores para o aumento do efeito de estufa, por país e por setor.

As alterações climáticas, como explanado num relatório da Agência Europeia do Ambiente, provocam uma série de impactos devastadores nos ecossistemas e nos sistemas socioeconómicos mundiais. Os ecossistemas terrestres e marinhos enfrentam, neste momento, extinções em massa, com a perda de habitat, com a acidificação dos oceanos e com eventos climatéricos extremos, como já tratámos no artigo A Importância da Biodiversidade: A Teia da Vida em Perigo , ou no nosso último artigo Economia Azul – Quanto vale o Oceano? Mas também têm implicações significativas na segurança alimentar, com a diminuição da produção agrícola e o aumento da instabilidade nos mercados de alimentos. A saúde humana também está em risco, com o aumento da propagação de doenças transmitidas por vetores, como a malária, por exemplo, e com os eventos climáticos extremos, como as ondas de calor, tempestades ou inundações.

Como mitigar as alterações climáticas

A mitigação das alterações climáticas exige a redução das emissões de gases com efeito estufa, por exemplo, com a transição para fontes de energia limpa, com o aumento da eficiência energética, com a proteção das florestas e implementação de práticas agrícolas sustentáveis. É igualmente importante haver adaptação do Homem para lidar com os impactos inevitáveis das alterações climáticas, seja na construção de infraestruturas resilientes, no desenvolvimento de sistemas de alerta precoces ou no fortalecimento da capacidade de resposta das comunidades mais vulneráveis.

Neste sentido, a ONU organizou uma Conferência Climática em dezembro de 2025, em Paris, onde 195 países se uniram e estabeleceram o conhecido Acordo de Paris.

Apesar do crescente reconhecimento da urgência das alterações climáticas, a implementação de políticas eficazes e a cooperação internacional continuam a ser desafios significativos. A resistência, dado os interesses económicos, a falta de vontade política e a complexidade das questões climáticas globais representam obstáculos substanciais para a ação climática. No entanto, também há oportunidades para a inovação tecnológica, para o crescimento económico sustentável e desenvolvimento de sociedades mais resilientes e justas, ODS 9 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável).

 

As alterações climáticas são um dos maiores desafios enfrentados pela humanidade no século XXI, exigindo uma resposta global urgente e coordenada. Através de esforços concertados na mitigação das emissões de gases de efeito estufa e na adaptação aos seus impactos, podemos trabalhar para garantir um futuro sustentável e resiliente para as gerações presentes e futuras.

 

O tempo para a ação é agora!

 

No passado dia 18 de Outubro a equipa do Trainer esteve presente na 2ª Conferência do programa Comunidades de Futuro promovida pela Floene. A Floene está fortemente empenhada na descentralização da energia, na utilização de biometano e hidrogénio verde produzidos localmente, tornando as comunidades mais sustentáveis. A transição energética, baseada na utilização de gases de origem renovável, conduz a novas tecnologias e consequentemente à necessidade de novas profissões.

O GreenOVET esteve presente, Vitor Ferreira, como orador, na mesa redonda com o tema “Capacitação para as profissões do futuro”.

Ficamos todos mais otimistas ao tomar conhecimento do interesse e empenho de diversas empresas da região de Leiria no tema que nos é tão caro.

No passado dia 29 de junho, o Trainer, em colaboração com a MARTOS e a ETAP, realizou um workshop dedicado ao tema da Economia Circular.

Houve lugar a dois momentos distintos de aprendizagem e desenvolvimento de conhecimentos nesta área, nomeadamente de conceitos mais teóricos, reconhecimento de boas práticas e aplicação, com a produção de sabão a partir de óleo alimentar usado.

A MARTOS (https://www.martos.pt/ ) é uma empresa que aplica o princípio da circularidade em toda a sua produção.

A ETAP (https://portal.etap.edu.pt/ ) é uma escola profissional que se preocupa com o desenvolvimento de competências, na área ambiental e sustentabilidade, dos seus alunos.

Esta atividade teve o apoio na CM-Pombal (https://www.cm-pombal.pt/ ) e da Biblioteca Municipal (https://biblionet.cm-pombal.pt/Opac/Pages/Help/Start.aspx ).

 

Acompanhe-nos para saber as datas dos próximos eventos!

No próximo dia 29 de junho, pelas 17h na Biblioteca Municipal de Pombal, decorrerá, de forma gratuita, uma palestra e workshop sobre Economia Circular. Inscrição obrigatória. O objetivo do evento é discutir e explorar os princípios e práticas da economia circular, bem como promover a troca de ideias e experiências entre os participantes. Teremos oportunidade de partilhar uma atividade prática que poderá ser replicada em sala de aula.

 

Link para inscrição: https://forms.office.com/e/jP1iVGMRDy

A economia circular tem vindo a ganhar destaque como uma abordagem inovadora e sustentável para impulsionar a economia ao mesmo tempo que se preservam os recursos naturais. Ao contrário do tradicional modelo linear de produção e consumo, onde os produtos são fabricados, usados e descartados, a economia circular procura fechar o ciclo, promovendo a reutilização, a reciclagem e a regeneração dos materiais.

A transição para uma economia circular traz inúmeros benefícios. Um dos mais importantes é a redução significativa da dependência dos recursos naturais não renováveis. Ao aproveitar ao máximo os materiais já existentes, evitamos a extração excessiva e o fim de recursos mais escassos. Para além disso, estimula a inovação e a criação de novos modelos de negócio, criando oportunidades e emprego.

Um exemplo de economia circular é a gestão inteligente de resíduos. Em vez de simplesmente descartarmos os produtos no final da sua vida útil, a abordagem circular procura recuperar e reintegrar os materiais na cadeia produtiva. Isso é feito através da reciclagem e do design de produto com materiais facilmente recicláveis.

Outra área de destaque é a utilização de energias renováveis. Em vez de dependermos dos combustíveis fósseis, a transição para fontes de energia limpa, como a solar e a eólica, permitem-nos reduzir a pegada de carbono e promover a sustentabilidade energética. Além do mais, há o incentivo para o uso eficiente de energia e para a otimização dos processos produtivos, minimizando o desperdício e maximizando os recursos disponíveis.

A colaboração entre diferentes setores também desempenha um papel fundamental. Empresas, governos, escolas e sociedade necessitam de trabalhar em conjunto para desenvolverem soluções inovadoras, partilharem conhecimento e promoverem uma mudança sistémica. Iniciativas como parcerias, conferências e debates são essenciais para impulsionar a transição na direção de uma economia circular.

Ao adotar práticas sustentáveis, reutilizar e reciclar materiais, e promover a regeneração, podemos criar um futuro mais próspero e equilibrado para as gerações presentes e futuras. A transição para este modelo exige comprometimento, mas os benefícios socioeconómicos e ambientais a longo prazo fazem dele uma escolha inteligente e necessária.